Saiba o porquê de trocar a correia dentada e tensores.
A correia dentada é responsável por manter a sincronia entre o virabrequim que transfere a força do motor às rodas e o comando de válvulas, responsável pela entrada e saída de gases no cilindro. Quando a correia se parte, esta sincronia é quebrada e o pistão comandado pelo virabrequim atinge a válvula, que geralmente está aberta e com sua cabeça dentro do cilindro. Os danos podem se estender ao próprio comando de válvulas, aos tuchos - que comandam a abertura e o fechamento das válvulas e podem até danificar as bielas do motor. Confira algumas dicas: Todos os fabricantes recomendam a quilometragem ideal para a troca no manual do proprietário, que na maioria dos veículos a troca ocorre geralmente de 40.000 a 60.000 Km.
Os modelos multiválvulas - 16V, 20V ou 24V - requerem mais atenção ainda, pois geralmente contam com dois comandos de válvulas. Além disso, os comandos destes motores costumam ser mais pesados, exigindo mais da correia. Além da correia dentada também é necessário trocar o seu esticador que é composto de um rolamento que pode apresentar folgas ou mesmo travar provocando o rompimento da correia. Muitos mecânicos trocam somente a correia deixando o esticador velho que estando deformado ou com folga pode danificar a correia nova reduzindo sua vida útil. Em muitos modelos, a correia dentada também aciona a bomba d'água, mais um item para acelerar o seu desgaste. Fique atento aos ruídos provenientes do motor do carro. Em marcha lenta (ponto morto, sem acelerar), a correia costuma emitir um ruído intermitente e agudo. Esse é o melhor sinal de que a hora da troca já passou. Motores como o Endura e o Rocam, da Ford, e os que equipam a Mercedes-Benz Classe A não utilizam correia, substituída por uma corrente metálica que dispensa trocas.